Ao acessar o ChatGPT, já logado — e, assim, monitorado por quais questionamentos ou textos você pretende escrever ou já escreveu — busque criar uma pergunta ao poderoso robô de respostas completas, complexas e, em alguns casos, equivocadas: o ChatGPT é o novo Napster? A resposta é contundente e vem acompanhada em velocidade 5G. Diz ele: “Não, o ChatGPT não é o novo Napster”. Seus argumentos são apresentados posteriormente, com um viés jurídico controverso em algum grau, e que pode ser exibido na imagem que ilustra o conteúdo.
Como a IA e o ChatGPT podem mudar o Jornalismo — e as notícias?
Nos últimos meses — principalmente nas últimas semanas -, houve uma onipresença de argumentos para comparar o ChatGPT ao serviço de compartilhamento de arquivos e músicas no início dos 2000.
ChatGPT is basically the napster of this era. A moment where things start shaking up in industry.
De fato, há alguma conexão entre os dois produtos. Um exemplo: Napster e ChatGPT perturbaram e perturbam as indústrias tradicionais de mídia — áudio e texto, respectivamente. Ambos também têm potencial para mudar a forma como as pessoas consomem conteúdo.
Os sólidos argumentos, no entanto, não garantem a sentença de que o ChatGPT é o Napster da atual geração. Por quê? Há também diferenças:
(i) O compartilhamento de arquivo — mas, sobretudo de música, objetivo principal do Napster — não coloca a autoria em cheque de modo tão drástico. Ao baixar uma canção, é de conhecimento público quem é a banda ou o artista; no caso do conteúdo, por ora, o modelo com o que lidamos não nos apresenta, por ora, a origem da informação
(ii) O Napster facilitava o compartilhamento direito de material protegido por direitos autorais não modificados. O ChatGPT, por sua vez, produz novo material — e alterado -, com origem em conteúdos protegidos por direitos autorais.
(iii) É difícil prever exatamente o impacto do ChatGPT às indústrias de propriedade intelectual a longo prazo. A coexistência é maior que uma substituição ou extinção.
No futuro, o ChatGPT pode ser o Spotify da atual geração.
Por que o ChatGPT não é o Napster da atual geração was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
A convite da incrível Bia Granja, compartilhei no YouPix Summit, o maior festival de cultura digital da América Latina, uma reflexão relativa a um assunto caro — e altamente compartilhado — nos últimos meses: as redes sociais como conhecemos hoje vão acabar.
Engana-se quem considere o TikTok o único responsável por trazer o assunto à tona. Desde os anos 2000, período em que reinava-se Friendster e MySpace, o movimento acontece. Em meu relato de 15 minutos, exponho por que toda evolução de uma plataforma social data de 2013 por meio do finado Vine.
É o fim de Facebook, Twitter, YouTube tal como os conhecemos hoje? was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
🤷♂️ O que é: a OpenAI, organização responsável por desenvolver o ChatGPT, deu seus primeiros passos para trabalhar com empresas de mídia locais e sem fins lucrativos para produção de conteúdo automatizado por robôs.
Recentemente, o Google seguiu o exemplo e apresentou seu produto às principais empresas de mídia americanas. Enquanto isso, um grupo de companhias do setor olham cuidadosamente ações legais e legislativas contra detentores da tecnologia ao afirmar que há "furto de conteúdo"
⚠️ Por que o assunto é importante: para toda e qualquer tecnologia que chega ao mercado, o mundo pode ser dividido entre os niilistas, pessimistas absolutos sobre o tema, e os otimistas.
Afinal, a IA pode substituir o Jornalismo? Neste momento, há 3 escolas dominantes:
A IA substitui o Jornalismo:
O grupo é formado por profissionais e empresas que vão adotar — ou já adotam — recursos de inteligência artificial para produzir conteúdo.
A IA pode substituir o jornalismo — isso já está acontecendo até certo ponto em algumas redações e, se a tendência continuar, pode relegar as notícias produzidas por IA ao status de spam. Quem já faz uso: É o caso da CNET, site de notícias de tecnologia, que adota a estratégia, mas já recuou depois de um conteúdo recheado de erros básicos.
Qual é a preocupação deste grupo: conteúdo se tornar ainda mais commodity e spam para a sociedade.
A IA melhora o Jornalismo
O grupo é formado por otimistas que argumentam a importância do uso de novos recursos para ampliar o tempo dos profissionais para interpretar as informações — algo que, no momento, um robô ainda não consegue fazer.
Quem já faz uso: O editor do Insider, Nicholas Carlson, permitiu o uso do ChatGPT à redação para resolver problemas de ‘escrita’, mas reforça que as histórias ainda precisam ser escritas por humanos e que, em algum grau, ainda há informações incorretas e que precisam ser avaliadas por uma lupa
A IA engole o Jornalismo
O grupo é formado pelo niilismo absoluto — ou realidade, a depender do ponto de vista — de que as redações serão transformadas em provedores de dados ou serviços de notícias glorificados para gigantes da tecnologia.
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A recente movimentação da Amazon, ao arrematar o poderoso estúdio MGM por 8,2 bilhões de dólares, nos mostra uma face pouco visível da empresa concebida em 1994 para vender, por ora e a princípio, livros.
A negociação abre um caminho sem precedentes para o que chamamos de TV conectada. Vamos à divisão, uma vez que já sabemos os motivos pelos quais devemos seguir todos os passos da companhia fundada pelo americano Jeff Bezos.
a) TV "aberta": IMDb TV, gratuita e presente apenas nos Estados Unidos, tem um catálogo vasto de filmes e séries, que são acompanhados por anúncios. Abre-se espaço, portanto, para marcas e, porque não, para empresas que vendem produtos na Amazon.com.
b) TV "fechada": Amazon Prime, presente em todo o mundo, tem um valor mensal agressivo acompanhado de muitos benefícios — casos de entregas mais rápidas, gratuitas, serviço de streaming de áudio. Com os estúdios MGM, terá grandes produções de conteúdo em escala
c) TV 'freemium' de produtores de conteúdo: Twitch, presente em todo o mundo e com grande foco em streamings dos mais variados tipos — a começar pela criação do comportamento de transmitir modalidades de e-sports. Aqui, também, há dois claros modelos de negócio: por meio de anúncio e uma versão mais robusta
A Amazon de Conteúdo was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
Nesta semana, a convite do amigo Edney Souza, abrimos no Social Media Week uma discussão relativa ao processo de inovação às empresas de Comunicação, profissionais da área e, principalmente, empresas de mídia sobre o atual e delicado cenário em que a atenção do maior interessado, o consumidor, se multiplica por telas, conversa e histórias. Para acessar, basta clicar neste link, que leva automaticamente ao Slide Share.
A importância de Produto para o ecossistema de inovação de Comunicação — e do Jornalismo was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
Em outubro de 2015, a companhia americana The New York Times divulgou um documento público para expor aos olhos do mundo suas estratégias nos anos que estavam por vir. Diz um importante trecho da carta, assinada por dez executivos da empresa em 12 páginas: “nossos leitores não procuram o ‘The Times’ apenas por notícias e entretenimento. Eles querem algo para solucionar suas questões diárias. O jornal sempre desempenhou este significativo papel. Chegou o momento de oferecer e adicionar serviço ao universo móvel.” À época, segundo a publicação, “serviço” se aproximava a um elemento digital: o The Cooking, popular canal de receitas com guias e recomendações do jornal americano.
Reproduzido em outras seis oportunidades no documento, o termo não era um ato gratuito: tratava-se de um esforço nada desprezível de ampliar sua oferta de conteúdo, acompanhado por alto interesse de amealhar novas fontes de receitas — o The New York Times é uma empresa de capital aberto e, trimestralmente, recebe pressões de investidores, ávidos por resultados. O texto, renovado em janeiro em um novo formato, convida à reflexão a necessidade de jogar luz sobre um tema que, em tese, estava fora da pauta de discussões, mas resgatado, com precisão, durante a edição 2017 do ISOJ (The International Symposium on Online Journalism), realizado entre os dias 20 e 23 de abril, em Austin, nos Estados Unidos: Serviço é Produto. E vice-versa.
Nas mesas compostas por profissionais do mercado e professores universitários, que podem ser visualizadas na íntegra, três discursos fizeram uso de “Produto” como reflexão um dos cenários promissores (e obrigatórios) da Comunicação. A primeira a dedicar seu tempo ao tema foi Cindy Royal, professora de Jornalismo Digital da Universidade do Texas — e autora de um importante relato publicado no Nieman Lab, da Universidade de Harvard, “Gestão de Produto é o novo Jornalismo”. Por meio de um artigo publicado no Simpósio, Cindy cita Burt Herman, cofundador do Storify, para dar fôlego à questão: “A nova sensação nas empresas de mídia é o líder de Produto, capaz de ocupar um cargo no coração de uma companhia, unindo caminhos editoriais, comerciais e de tecnologia”.
https://medium.com/media/2d42ea8c2b04f0ada93436035677c794/hrefSeu objetivo é nobre: otimizar trabalho e criar valor a um negócio, hoje, desvalorizado — obter receitas alternativas e ampliar o atendimento ao maior interessado, o consumidor final.
O líder de Produto é um profissional, sobretudo, com a responsabilidade de ampliar a comunicação e encontrar soluções de diários problemas encontrados em qualquer redação; deve aprimorar fluxo de trabalho dos jornalistas oferecendo recursos e ferramentas e oferecer recursos e soluções às ideias que são concebidas editorialmente e definir quais são as métricas e quando os resultados serão acompanhados. Seu objetivo é nobre: otimizar trabalho e criar valor a um negócio, hoje, desvalorizado — obter receitas alternativas e ampliar o atendimento ao maior interessado, o consumidor final. O Waze, serviço em que as condições de trânsito são medidas por seus súditos usuários, é um exemplo do que poderia ser feito — e não foi.
Criado em 2008 por Uri Levine, Ehud Shabtai e Amir Shinari, três empreendedores israelenses, e adquirido em 2013 pelo Google por 1 bilhão de dólares, a ferramenta é a evolução de um trabalho jornalístico — principalmente de TV. Imagine quantas reportagens poderiam ser produzidas a partir dos dados ali distribuídos, só ainda não estruturados? É possível determinar os horários com maior congestionamento, as ruas com o maior número de contribuições — e acrescer por meio de cruzamento de dados, por exemplo, os locais com o maior número índice de homicídios, informando ao usuário que a alternativa sugerida por ser, por exemplo, perigosa. O conteúdo, ainda às vezes baseado em texto ou em vídeo, poderia ser repaginado se um ecossistema de inovação fosse incorporado à redação.
Para ampliar voz ao assunto, Melissa Bell, cofundadora da Vox Media, foi a segunda protagonista a subir ao palco para resgatar a importância de Produto ao Jornalismo. Ex-diretora do The Washington Post, Melissa resgata a necessidade de trabalhar em um projeto que tenha vida útil maior do que uma produção de apuração intensa e que se desmancha no ar das turvas águas da navegação assim que se perde o destaque em páginas de propriedade do veículo e plataformas de redes sociais. Diz Melissa: “Notícia é produto. Você nunca desenvolve algo para se colocar em uma prateleira. É um trabalho que nunca tem fim. Precisamos questionar o que e como queremos entregar. Onde está o buraco no mercado?”
O coro foi reforçado por Neil Chase, editor-executivo do The Mercury News: “Por 17 anos consecutivos, a receita da publicação em que trabalho caiu 80%. Chegou o momento em que reuni todos os editores e reforcei o interesse que cada um dos profissionais de Jornalismo deveria ter por negócio. Era a hora de ganharem a função de gerentes de produto”, afirmou corajosamente, em tom de pivotagem de sua matéria-prima.
Estes discursos resistem — muito bem — à teimosia dos fatos. Vamos a eles.
Desde que lançou sua carta ao público, o The New York Times se projeta para o que havia prometido. Em dezembro, desembolsou 30 milhões de dólares para adquirir o The Wirecutter, popular guia que recomenda os melhores produtos a serem adquiridos que, em 2015, produziu 150 milhões de dólares de transações financeiras. Ao conquistar a inteligência do recurso, o The New York Times sabe que o modelo concebido é replicável: a nova seção Smarter Living é um dos projetos repaginados graças à aquisição. A inovação, portanto, ganhou cena em uma publicação.
O The Washington Post, ícone por suas últimas movimentações, não fica atrás: concebeu o publicador Arc que, segundo estimativas, projeta injetar 100 milhões de dólares nos cofres da publicação adquirida por Jeff Bezos, cofundador da gigante de varejo Amazon, em 2013. A publicação direciona também a seus jornalistas que pensem “produto” como notícia — caso da página que reúne uma série de reportagens relativas ao número pessoas mortas por policias em 2017.
Não são apenas jornais, sedentos por dinheiro novo, que buscam alcançar sucesso com algo já praticado no passado. Em novembro, o nativo digital BuzzFeed fez um investimento que salta aos olhos: desenvolvimento de produtos licenciados. Pouco tempo depois, lançou um laboratório de e-commerce denominado BuzzFeed Product Lab. Graças a um estudo por meio do Facebook, identificou, por exemplo, o interesse por pessoas que buscam com grande frequência presentes a serem enviados a seus amigos. Em menos de um ano, já são 12 profissionais trabalhando no núcleo, que já tem um blockbuster, um livro de receitas: entre novembro e janeiro, estima-se que já foram vendidas 100.000 obras. Fuck Shit Shop, loja virtual de itens variados — de canecas a camisetas, é um item concebido pelo Product Lab. É o passo da diversificação de modelo de negócios.
A agrura dos profissionais de Comunicação precisa ser extinta por protagonistas e companhias que operem por lógicas de experimentação rápidas e úteis ao consumidor que, se mostrarem promissoras, vão receber investimentos. A ideia é ampliar o modelo de negócio para fortalecer a investigação, manter a excelência de companhias na busca diária e eterna por relevância e qualidade e enaltecer a nítida distância de uma informação dos boatos. Os leitores agradecem.
Como o ISOJ jogou luz sobre a importância de Produto ao Jornalismo was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
Há alguns anos que é parte do meu trabalho fazer gifs animados como este acima. Ao contrário do que se pode pensar, fazê-los não é um trabalho mecânico. Aliás, ele está mais ligado a como se pensa do que em qual programa se usa para realizar. No entanto, a conversa entre esses dois pontos é parte essencial do processo criativo, porque é ali que muda-se o destino das imagens. Não pretendo aqui ensinar tecnicamente a fazer gifs, pois isso é fácil de achar em qualquer tutorial no Youtube. Minha ideia é mostrar como faço para pensar as etapas de criação deles.
… e tudo mais o que a cabeça humana puder inventar. Desde que seja animado, porque o pior gif é o desanimado. Sim, eles existem, e não têm a menor graça e, pior, não têm nenhuma utilidade. Quando você percebe que o gif poderia ser substituído por uma foto, pode ter certeza que ele é uma peça ruim. Não há necessidade em gastar MBs quando se poderia usar KBs. O mesmo acontece quando se coloca muito texto na imagem. Ora, se você precisa explicar muito, é possível que esteja usando a mídia errada.
Uma coisa foi essencial na minha aventura com os gifs: saber editar vídeos. Além de animados, a maior parte dos gifs que produzo são feitos a partir de vídeos, logo, ter algumas manhas na hora de editar faz toda diferença. O tempo é algo muito relevante num gif, pois é o que vai determinar o peso da imagem. Logo, saber acelerar o vídeo ou cortá-lo na hora certa vai economizar o plano de dados de muita gente.
Ter alguma experiência em edição é legal, mas muitas vezes acontece de alguém de fora dar uma ideia que resolve muito bem o problema. E muitas vezes essa pessoa nunca editou na vida. Estar aberto a essas entradas é muito importante, principalmente porque perdemos algumas capacidades críticas quando estamos compenetrados em qualquer edição (como falei neste texto aqui).
Outro ponto importante é pensar qual é o seu objetivo. Na grande parte das vezes ele é apenas uma brincadeira, um meme. Isso, de fato, faz parte da maioria das propostas de criação de gifs, mas elas não são únicas. Junto com esse objetivo, também é importante saber qual é o público a ser atingido.
Houve um tempo que o público para o qual eu trabalhava, dentro de um blog de humor esportivo, estava acostumada a certas brincadeiras. Ali, abriu-se um precedente para a publicação de gifs que aceitavam uma "viagem" maior, pois os elementos já faziam parte do imaginário dos leitores.
E aí, claro, a liberdade nos leva a caminhos que não controlamos (nem devemos). Quer dizer, devemos controlar somente antes de apertar o botão PUBLICAR, para não correr muito risco. De qualquer maneira, criar é um processo bastante confuso e adaptável. Aos poucos, nossa própria liberdade vai nos sendo tirada por nós mesmos para criar barreiras chamadas "senso crítico". E isso é algo que muitas vezes é preciso evitar ao fazer um gif.
Como pensar gifs animados was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
O futuro do Snapchat começou a ser desenhado na última semana de setembro, quando seu fundador, Evan Spiegel, revelou à versão digital do jornal americano The Wall Street Journal mudanças relativas à companhia — casos da troca de nome de Snapchat para Snap Inc., além da apresentação do Spectacles, óculos de sol que permite gravação e reprodução de fotos.
https://medium.com/media/e03d552cfda6dfaccc55c462677670c7/hrefPara Spiegel, Snap Inc é uma "camera company": a reinvenção da câmera é a maior oportunidade para aperfeiçoar o modo como as pessoas se comunicam e representam seus atos ao vivo. É também, sobretudo, um destino para preservar uma das maiores pedras preciosas dos maiores interessados, os sedentos usuários por snaps: a manutenção da memória, pequeno trecho da excepcional conversa durante a segunda edição do YouPix Con, em São Paulo, com Rafinha Bastos e Luiz Mastropietro, que já está disponível no Slideshare.
O que o Snapchat pretende ser was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
Estão abertas as inscrições para o curso de Inovação, Gestão e Empreendedorismo em Comunicação Digital da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). O programa, com duração de cinco meses, faz parte de um dos projetos dos quais terei apreço por unir a essência e inteligência de companhias digitais que buscam inovação em seu segmento e operam com uma lógica de experimentação rápida, segundo a qual apenas ideias que logo se mostram promissoras recebem mais investimentos. O objetivo é nobre: lançar luz a projetos em que o participante tenha condições de criar o seu próprio empreendimento de comunicação ou incrementar inteligência à empresa com a qual trabalha. A extensão faz parte do NiMD (Núcleo de Inovação Digital) — confira todos os cursos oferecidos.
O programa é símbolo do retrato do cenário de um processo de evolução — e crise — da Comunicação e atende aos profissionais de mercado que buscam atualização de conhecimento no universo digital, sobretudo no campo do Jornalismo, Relações Públicas ou Publicidade e Propaganda. Nele, serão discutidos assuntos relativos à formação cultural para pensar, produzir e criar conteúdos — dos textos aos vídeos, das redes sociais aos aplicativos.
BuzzFeed, Uber, Facebook, Google, Twitter, Quartz, New York Times, entre outros, serão esmiuçados por uma lupa
Também terá espaço para o desenvolvimento de plano de negócios, compreensão dos maiores interessados — os consumidores finais — , por meio de análise profunda de ferramentas e métricas, aprimorar fluxos de trabalho e processos em mídia digital, além de buscar modelos para rentabilizar seu negócio. Por meio de aulas expositivas e palestras com empreendedores, o aluno será capaz, por exemplo, de identificar por quais razões há companhias de tecnologia que, com estratégias agressivas, conseguiram dominar rapidamente um mercado em que não havia sequer um dono.
O curso será ministrado por excepcionais profissionais na área — a descrição de cada professor está a seguir. As aulas acontecerão às terças e quintas (19h10 às 22h45) e tem previsão inicial para setembro. O investimento total é de 06 parcelas de R$ 764,00. Para informações sobre matrículas, acesse o link sobre o curso. Descontos em parcerias com empresas são tratados diretamente com a FAAP. Dúvidas, entre em contato por e-mail: rafaelsbarai@gmail.com. A expectativa é que, em meados de agosto, uma palestra seja ministrada para apresentar mais detalhes do curso.
Professores
Alec Duarte: jornalista e professor universitário com especialização em jornalismo multimídia pela Universidade de Navarra. Edita o blog Webmanario, referência no tema. Foi editor-adjunto de Política do jornal Folha de S. Paulo e editor de mídia social e interação no G1, o portal de notícias da TV Globo. Hoje, é diretor de estratégia digital da FSB
Ana Brambilla: jornalista, doutoranda em Comunicação e dedica-se a processos colaborativos no meio digital desde 2003. Foi editora de conteúdo e mídias sociais nas editoras Globo e Abril e no portal Terra. Professora na Faculdade Cásper Líbero e na FAM, também é organizadora dos ebooks Para Entender as Mídias Sociais volumes 1, 2 e 3.
Carlos Lemos: Desenvolvedor, Designer, Quadrinhista e Jornalista, formado em Artes Plásticas com bacharelado em Multimídia/Intermídia pela USP. Foi designer de novos produtos e infografista no Estadão.com.br, e fundador do coletivo de quadrinhos O Contínuo onde atuou como editor, designer e roteirista. Hoje é líder dos desenvolvedores da redação do GloboEsporte.com e junto a equipe venceu diversos prêmios de jornalismo digital entre eles Malofiej e SND Best of Digital Design.
Daniel Grossi: cofundador da Liga Ventures, primeira aceleradora com foco em conectar startups e grandes corporações no Brasil, trabalhando com empresas como Porto Seguro, Cisco e Plug and Play Tech Center (Vale do Silício). Professor de Digital Analytics e Métricas Digitais na ESPM. Formado em Publicidade e Propaganda pela ECA-USP e pós-graduado em Comunicação Digital, é Mestrando em Empreendedorismo pela FEA-USP. Foi responsável pela área de Digital Analytics da Editora Abril e um dos responsáveis pelo projeto da Abril Plug and Play no Brasil.
Jadyr Pavão Júnior: jornalista, é editor de mídias sociais e gerente de projetos editoriais do site da revista VEJA, com passagens pelo Valor Econômico e revista Época. Ajudou a criar o LivroClip, startup de educação que usa ferramentas digitais para fomentar a leitura entre crianças. Cursa o Mestrado Profissional em Empreendedorismo, na FEA/USP, onde desenvolve projeto sobre inovação
Marcelo Soares: primeiro editor de Audiência e Dados na imprensa brasileira, no jornal Folha de S.Paulo. É membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) e leciona técnicas de análise de dados para jornalistas desde 2003.
Mauricio Tortosa: ex-diretor-geral da OgilvyOne, atuou recentemente como Chief Strategy Officer (CSO) da agência DPZ. Foi diretor de vendas do portal MSN, da Microsoft, nos EUA; diretor comercial do MSN no Brasil; diretor comercial do portal Zip.Net; e mídia em agências como WMcCann e Euro RSCG.
Rafael Sbarai: jornalista, Mestre em Tecnologia, Mercado e Jornalismo Digital pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização e inovação e comercialização pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). É integrante da equipe de Produto do GloboEsporte.com, e professor de Jornalismo Digital do programa de graduação e pós-graduação de Comunicação da FAAP. Lecionou na pós-graduação de Jornalismo Contemporâneo na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sidclei Sobral: Formado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Pernambuco, é webdesigner sênior de VEJA.com. Com 16 anos de experiência em design de notícias, esteve à frente da área de design do JC OnLine, portal do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação de Pernambuco, e coordenação de Webdesign na Gerência de Criação da EBC — Empresa Brasil de Comunicação, em Brasília. Vencedor de diversos prêmios de jornalismo digital nacionais e internacionais, entre eles, o Caixa, Embratel, Senai, Malofiej e Nuevo Periodismo.
Foto: Dennis Skley
Curso de Inovação, Gestão e Empreendedorismo em Comunicação Digital na FAAP was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.
Não restam dúvidas a respeito do conspícuo sucesso do Snapchat, aplicativo que permite o envio de mensagens (vídeos e fotos) que podem ser deletadas automaticamente tanto do dispositivo do remetente quando do destinatário segundos após o envio. Seus números são auspiciosos: diariamente, são 100 milhões de usuários e seis bilhões de visualizações de vídeos no app. Seu valor de mercado já superou a marca de 19 bilhões de dólares — cifra similar à negociação entre WhatsApp e Facebook. Seu êxito, no entanto, vem acompanhado por reptos: um deles é orquestrado pelo Slinger.
Criado há menos de três semanas por Chris Carmichael, o app produz uma luminosa interpretação sobre o que o Snapchat pode ser no futuro. Seu criador é um entusiasta da companhia criada por Evan Spiegel em 2011 e, por alguns anos, foi fio condutor para ações de empresas no app. Largou as estratégias para abraçar o universo vertical — comportamento em crescimento.
Disponível para o sistema operacional iOS (Apple), com uma versão a ser apresentada ao Android (Google), Slinger é um repositório de vídeos verticais e uma extensão de vida útil nada desprezível às histórias com prazo para serem exibidas no Snapchat. No Slinger, o conteúdo é preservado e aberto aos olhos de outros produtores de snaps, alcançando assim maior exposição. Trata-se, portanto, de um motor para motivar ainda mais os maiores interessados na plataforma, seus usuários.
A perspectiva de garantir a manutenção dos conteúdos — caso o usuário tenha interesse — é preservar a história digital do ser humano.
Seu maior valor, talvez, seja uma funcionalidade que espera-se ser incorporada no futuro à ferramenta: a manutenção da memória — ou dos snaps. O Snapchat é um espelho poderoso do comportamento do usuário, em especial dos adolescentes: seis a cada dez americanos entre 13 e 35 anos está na rede. Mais de 40% da base de usuários tem entre 18 e 24 anos. A perspectiva de garantir a manutenção dos conteúdos — caso o usuário tenha interesse — é preservar a história digital do ser humano.
Slinger convida à reflexão sobre um repositório público dos vídeos verticais. Para isso, aposta em uma linha do tempo minimalista, com o número público de visualizações e de ‘curtir’, além de um espaço especial para os conteúdos mais populares, promovendo assim um termômetro em tempo real do que está acontecendo no app. Sua possível popularidade pode ser uma clara resposta do interesse público ao serviço.
Ao Snapchat, cabe a discussão. O app se tornou uma sensação global, mas produz, até o momento, enredos simplórios. Hoje, o serviço faz parte de um seleto grupo de populares produtos privados com questões relativas à monetização do negócio a serem resolvidas e, mesmo com os modelos aplicado às lentes, ferramentas que permitem acréscimo de animações em selfies, e no recurso de fornecer replays às mensagens, falta oferecer novos desafios a seus usuários — e aos que estão por vir. Oferecer APIs públicas (além das disponíveis ao universo publicitário) aos desenvolvedores sedentos por visibilidade — e dinheiro, é claro — pode tapar deficiências apresentadas no serviço. O crescimento por parte dos usuários do SnapSave, app que salva as imagens e vídeos para serem partilhadas à vontade, talvez seja outro evidente sinal de mudanças. Ampliar questões relativas à interação e detalhamento dos resultados provenientes das histórias também podem ser um dos caminhos. O Slinger abriu as portas. Cabe ao Snapchat, agora, decidir o que pretende ser no futuro: mais uma rede com ápice e declínio ou uma grande companhia de tecnologia, de fato.
Foto: Divulgação
/via @carlos_tlemos
Slinger ilustra o que o Snapchat pode ser no futuro was originally published in De Repente on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.