Diálogo entre blogueiros e jornalistas: mostra-me a tua agenda, que eu mostro-te a minha.
Pergunto eu: em que circunstâncias devem os membros do Governo utilizar o famoso Falcon?
No caso Eurominas, por exemplo. Todos são culpados até prova em contrário. No caso Casa Pia, por exemplo, idem aspas. Em todos os casos chamados mediáticos, o ónus da prova já está invertido. Na classe política em geral, alguém acredita no enriquecimento legal, normal?
O El Pais, escreveu-se por aí, mudou de correspondente em Portugal para dar do país uma imagem mais positiva.Na edição de sexta-feira, escreve assim o tal Miguel Mora, novo correspondente em Portugal:Título: La derecha portuguesa, favorita en las elecciones municipales del domingo;Lead: Debates azedos, plenos de insídia e insultos e fracos de conteúdo; juízes, polícias e militares em pé de guerra
Andam por aí uns intelectuais superindignados com aquela coisa da inversão do ónus da prova proposta por Jorge Sampaio. Se calhar, até têm razão.O problema é que esses são os mesmo intelectuais, sem tirar nem pôr, que acham que deve ser o Governo a provar que nada tem a ver com um negócio pretensamente oblíquo entre a Prisa e a TVI.Esses intelectuais são, obviamente, uma treta.
Há quem me aconselhe o voto em branco, há quem me recomende o voto na lógica do menos mal.Se calhar, estarei a ser injusto. Se calhar, a culpa é do Governo ou do sistema. Sim, será Lisboa uma cidade governável com uma câmara distante e meia centena de juntas de freguesia impotentes?A verdade é que Lisboa, a minha Lisboa, a do meu bairro, a dos sítios por onde passo, é uma cidade abandonada,
Há quem ande indignado com as mudanças nos serviços secretos. Não teria sido mais importante terem-se indignado com o que fez nesses serviços a tripla Durão-Santana-Portas?
Neste momento, tenho uma. Aparentemente pessoal, mas verdadeiramente partilhável - penso que haverá muita gente com o mesmo problema.Eu, que nos últimos anos tenho escrito texto atrás de texto de combate à abstenção, tento racionalizar, o melhor que posso, a decisão que tomei há várias semanas - abster-me, pela primeira vez na vida, numas eleições.Post Scriptum: estou recenseado em Lisboa.
Hoje não escrevo para não perturbar as cerimónias do 5 de Outubro. E depois também não, porque entro em reflexão para as autárquicas. Depois, vem o Orçamento de Estado, mais as aparições em Fátima, mais o resto que vocês sabem. Compreendam, por isso, o meu silêncio. Sou uma pessoa importante, não posso derramar o meu ruído, perdão, os meus pensamentos dessa forma perdulária. Compreendam.
Este blogue encontra-se (ainda) temporariamente eclipsado pela Lua.
O último de McCartney é quase Beatles. O novo dos Stones é o melhor, pelo menos, desde a década de 70. E acabo agora de ouvir Prairie Wind, que vai directo para top de Neil Young.Este é um tempo de dinossauros.
Deve ser monótona a vida dos assessores de Cavaco. Numa semana, procuram, procuram e desenterram um artigo com dois anos sobre o semi-presidencialismo. Publicam-no no Expresso. Noutra semana, dão voltas à cabeça e ao calendário, voltas e mais voltas, e descobrem que o raio calendário consegue meter numa só semana uma eleição autárquica, um orçamento de Estado e uma aparição em Fátima. O professor
Eu, se fosse político, fechava os olhos e não lia as sondagens de entre sexta-feira de manhã e sábado de manhã. Eu, se fizesse sondagens, também não lia.
Eu também acho que há um efeito Manuel Alegre nas sondagens que não corresponde ao real valor eleitoral do dito cujo. E que Soares está desvalorizado. E que há muita direita a inchar o Alegre, mais por puro gozo do que na expectativa de que ele reduza Soares a pó. Basta ler, nos media e nos blogues, as palavras de incentivo ao poeta e os apelos, cada vez menos velados, à desistência de Soares. E
Conheço um blogue onde pontificam duas mulheres, muito mulheres (if you know what I mean...), onde quem manda, mas manda mesmo, é um homem.
A gente passa pelo Alentejo, anos a fio, e aquilo é um deserto. Nada. De agricultura, nada. Em ano de seca, surge a oportunidade para o subsídio. E manifestam-se. Podiam, pelo menos, ter deixado as camisas Calvin Klein em casa.
Lembram-se da Alta Autoridade para a Comunicação Social, esse quisto da democracia, coio de parasitas? Pois, desde ontem, é um bastião da liberdade de imprensa.
Sobre o referendo do aborto, acho divertida, simplesmente divertida, a polémica que sempre se instala acerca da oportunidade e da data. Tudo serve para não fazer.Agora, até a igreja católica acha que o referendo dever ser adiado para depois das presidenciais. «O bom senso exige que não haja um ruído simultâneo de acontecimentos». Mas o que tem a igreja católica a ver com isso? O que a incomoda
Acho espantoso o silêncio (ou a falta de espanto...) pelas cada vez mais espantosas declarações do senhor Van Zeller sobre o negócio da TVI. Ver, por exemplo, a peça de hoje no Público (inlinkável).
Com essa fatiota, ainda acabam na comissão de honra do dr. Soares.
Um dos momentos mais interessantes da blogosfera actual está na caixa de comentários do post Advertência, do Luís [A Natureza do Mal II].A reacção ao nojo do Luís pela política, pela hiperpolitização, pela degradação do debate político, não se fez esperar, os incentivos são generalizados. Eu também acho que abandonar as lides não é a solução, mas nisso, como no resto, cada um é o melhor juiz de
A correspondente do Libération em Berlim falava hoje da campanha «assexuada» de Angela Merkel nas recentes eleições alemãs. Diz que começou com o entusiamo dos movimentos de mulheres e que até colheu simpatias noutros sectores políticos. Mas, durante a campanha, o discurso de Merkel nada tinha a ver com mulheres. Era um discurso assexuado.Merkel deve, por issoa) ser aplaudida porque as mulheres
e, infelizmente, certeiro.«A blogosfera a que consigo chegar é tão autista como os partidos políticos e mais fechada que os jornais, rádio e cadeias de televisão. Os blogs importantes têm fechadas as caixas de comentários e já publicam correio de leitores. Ninguém responde a ninguém. Ninguém fala verdadeiramente com ninguém. Há temas tabu, quase sempre por más razões.Os que desde o início